sábado, 20 de fevereiro de 2016

Texto 49-a- Floresta Amazônica

A Floresta Amazônica  cobre a maior parte da região ao norte da América do Sul e é a maior floresta tropical pluvial do mundo, com clima quente e bastante úmido e chuvas abundantes. Como as demais florestas tropicais, a rápida reciclagem da matéria orgânica é fundamental para a manutenção da comunidade, uma vez que o solo é pobre em nutrientes.  

As matas de terra firme localizam-se em regiões mais altas, onde não ocorrem inundações. As matas de igapó situam-se em terrenos baixos, próximo a rios e, por isso, permanecem quase sempre inundadas. As matas de várzea são apenas temporariamente inundadas.

Há árvores altas, como cedro, virola, buriti, açaí, bacuri, cumaru, jatobá, seringueira e castanheira-do-pará, além de trepadeiras, como o guaraná, e grande número de epífitas. Na superfície das áreas tomadas pelas águas encontra-se a vitória-régia, vegetal com folhas circulares flutuantes, que podem chegar a 2 m de diâmetro.

Entre os mamíferos são comuns os primatas (guariba, barrigudo e outros macacos), os carnívoros (onça-pintada ou jaguar, cachorro-vinagre, coati, furão, jaguatirica, suçuarana ou onça-parda), tamanduás (que se alimentam de cupins), preguiças (que comem brotos de embaúba), esquilos, veados (galheiro, mateiro e catingueiro), porcos-do-mato (queixada e caititu) e mamíferos aquáticos (peixe-boi, boto, lontra e ariranha). 

Há grande variedade de aves como mutuns, tucanos, araras, papagaios, jacus e pássaros. Entre os répteis, há lagartos, jacarés, tartarugas e serpentes (como sucuri, jibóia, surucucu e jararaca). Existe também uma variada coleção de anfíbios (sapos, rãs e pererecas), peixes (pirarucu, tucunaré, pacu, tambaqui) e uma infinidade de invertebrados.

Além do assoreamento dos rios, a região da Amazônia vem sendo destruída por desmatamentos para ceder espaço à agricultura, pecuária e extração de madeira e minérios. A caça predatória e a contaminação dos rios por mercúrio dos garimpos também contribuem para a poluição e a destruição desse ecossistema.

Segundo alguns cálculos, cerca de 14% da vegetação original da Amazônia já desapareceu. Com a retirada da vegetação das florestas tropicais, a pequena parcela de nutrientes do solo é arrastada pela chuva. Essa retirada também diminui a umidade da floresta, pois grande parte da água das chuvas resulta da transpiração da própria floresta, e facilita a erosão do solo.

A preservação da Amazônia é de interesse mundial, pois ela abriga a maior biodiversidade do planeta e de tantas espécies podem ser obtidas novas variedades vegetas e animais ainda mais úteis ao ser humano – cerca de 25% de todos os remédios foram obtidos de produtos retirados das florestas tropicais. Além disso, a destruição de florestas tropicais aumenta o aquecimento global do planeta, por meio do efeito estufa, e provoca outras alterações climáticas.

A exploração das florestas tropicais deve ser feita de forma cuidadosa para não alterar o equilíbrio ecológico. A coleta de produtos vegetais deve ser realizada nas reservas extrativistas, especialmente delimitadas para isso, sem colocar em risco o ecossistema. No caso da floresta Amazônica é possível comercializar borracha, babaçu, dendê, cacau, açaí, guaraná e castanha-do-pará.
A extração da madeira deve ser feita de forma controlada e restrita, definindo-se um rodízio das regiões de extração e restrita, definindo-se um rodízio das regiões de extração plantando-se novas árvores. A mineração exige planejamento mais profundo, incluindo novas técnicas não poluentes, principalmente nos garimpos de ouro, evitando a todo custo a poluição por mercúrio.